O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária apresentou crescimento de 0,6% no primeiro trimestre de 2020, em comparação ao quarto trimestre de 2019. Em valores correntes, equivale a R$ 119, 7 bilhões, para um total nacional R$ 1,8 trilhão. Para toda a economia, incluindo a indústria e serviços, a contração no PIB foi de 0,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29/5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mais uma vez, o agronegócio vai na direção oposta aos demais setores que apresentaram retração em suas atividades em função da pandemia de coronavírus (Covid-19). No primeiro trimestre, ainda que com pouco impacto, a pandemia já começava esboçar freio nos negócios, que se acentuaram no último mês, e que deve se refletir nos dados do ano. A estimativa é de que o PIB brasileiro encolha cerca de 7% em 2020. Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados do IBGE, no caso do agronegócio, é de que setor cresça 2,5%.
O agronegócio também mostra um desempenho positivo, na comparação com o primeiro trimestre de 2019. O crescimento foi de 1,9%. Em comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirma que a ministra Tereza Cristina tem destacado as ações adotadas pelos órgãos federais para garantir o abastecimento interno de alimentos, as exportações dos produtos agropecuários e o funcionamento sem interrupção da cadeia produtiva do agro durante a pandemia. “Temos conseguido cumprir a nossa missão de provedores de alimentos do mundo”, disse a ministra.
Segundo o relatório do IBGE, o resultado para o agronegócio pode “ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada”. Além disso, o País , informa o IBGE.
Assim, nas exportações de produtos rurais, o setor contribuiu com US$ 21 bilhões no trimestre. Além da soja, com a contribuição de US$ 7,3 bilhões, mesmo valor do primeiro trimestre de 2019, o setor de proteína animal passou para o segundo posto nas exportações do trimestre. As carnes bovina, suína e de aves renderam US$ 4,1 bilhões. Em 2019, a proteína animal estava atrás dos produtos florestais.
Fonte: Portal DBO