Boi gordo: preços começam a reagir com oferta se ajustando a novo padrão
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 261 na modalidade a prazo, contra R$ 257 no último fechamento
Boi gordo: preços começam a reagir com oferta se ajustando a novo padrão

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, os preços começaram a reagir em muitas praças de comercialização, com o volume de animais ofertados passando a se adequar a uma nova realidade em termos de demanda, mais focada no mercado doméstico.

“Os danos provocados pela ausência da China na ponta importadora seguem presentes no dia a dia do mercado, com prejuízos tanto para criadores como para frigoríficos. No caso da indústria, os prejuízos vêm na forma de aumento da capacidade ociosa, somado ao custo de manutenção dos estoques. Para o pecuarista a manutenção dos animais nos confinamentos, somado ao alto custo de nutrição em meio a forte queda dos preços resultou em um prejuízo que oscila entre R$ 500 a R$ 1.000 por cabeça, conforme a região”, apontou Iglesias.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 261 na modalidade à prazo, contra R$ 257. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 240,00, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 262,00, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 245, contra R$ 243. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 257 por arroba.

Atacado

O mercado atacadista também apresenta sinais de firmeza. O ambiente de negócios passa a sugerir espaço para alta dos preços, mesmo que de modo comedido, principalmente nos cortes do dianteiro bovino, aqueles que sofreram as quedas mais intenso desde o início do embargo à exportação de carne bovina do Brasil para a China, de acordo com a Safras & Mercado.

“De qualquer maneira ainda há um grande volume de carne bovina estocada em câmaras frias aguardando um posicionamento por parte da China. A preocupação é que esse estoque precise ser disponibilizado no mercado interno caso demore ainda mais para a retomada das exportações”, alertou o analista.

Assim, o quarto traseiro ainda é cotado a R$ 20,40 por quilo. Quarto dianteiro permanece no patamar de R$ 13,30 por quilo. Ponta de agulha ainda é precificada a R$ 13 por quilo.

Fonte: Canal Rural


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