Os preços do boi gordo seguem firmes nas praças pecuárias, informam as consultorias de acompanham diariamente o setor pecuário.
“De modo geral, a escassez de carne/boi gordo é o que promove a alta da carcaça casada no atacado”, afirmam os analistas da consultoria, que acrescentam: “o desafio agora é fazer a carcaça casada romper os R$ 20/kg em São Paulo, já que a demanda interna se mostra mais reticente em aceitar valores maiores”.
Na avaliação da Agrifatto, romper esse patamar só com mercado interno “será abrir espaço para mais altas do boi gordo”.
Segundo apurou nesta segunda-feira (21/11) a Scot Consultoria, a cotação do boi gordo no mercado paulista teve elevação diária de R$ 2/@, chegando a R$ 312/@ (preço bruto e a prazo).
“Há, porém, valores fechados acima dessa referência, dependendo das condições de negociação”, observa a Scot.
Ainda nas praças de São Paulo, a cotação da novilha gorda registrou valorização de R$ 1/@ neste primeiro dia da semana, e agora vale R$ 298/@ (valor bruto e a prazo).
Por sua vez, na região paulista, a vaca gorda ficou estável nesta segunda-feira, a R$ 298/@ (valor a prazo e bruto).
No decorrer da semana passada, a cotação do boi gordo subiu R$ 12/@, a da vaca gorda R$ 10/@ e a da novilha gorda R$ 11/@.
De acordo com a Agrifatto, a oferta continua escassa no mercado físico do boi gordo, o que mantém as escalas de abate encurtadas.
“Essa retração no volume de animais prontos para o abate foi refletida em mais uma semana de alta, com os negócios a R$ 320/@ se tornando cada vez mais comuns na praça paulista”, relata a consultoria.
Na bolsa B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para NOV/21 encerrou a sexta-feira em valorização, cotado em R$ 317,15/@, com alta de 1% no comparativo diário.
Segundo levantamento realizado pela IHS Markit, boa parte das unidades brasileiras de abate optou por não “abrir preço” (para a compra de animais terminados) nesta segunda-feira, dando preferência por avaliar estoques de carne antes retornar ao mercado.
“No entanto, apesar da fraca ocorrência de efetivações de negócios, ainda foi possível verificar mais alguns ajustes positivos nos preços da arroba em algumas praças do País”, informa a IHS.
Segundo a consultoria, as indústrias frigoríficas brasileiras passam a cadenciar o ritmo de suas compras de gado gordo, de olho no comportamento do consumo de carne no mercado interno.
A estratégia é tentar conseguir repassar os aumentos recentes nos custos de produção (devido à rápida escalada dos preços do boi gordo) para a ponta final da cadeia da carne.
“No acumulado de novembro, o preço pago no boi gordo subiu mais de 20% entre algumas praças, ao passo que o preço da carne bovina no atacado acumulou alta em torno de 18%”, compara a IHS.
O setor teme que as altas constantes da carne bovina prejudiquem o escoamento da produção nesta segunda quinzena de mês, quando, teoricamente, o poder aquisitivo da população enfraquece, em razão do maior distanciamento do recebimento dos salários aos trabalhadores.
“Vale ressaltar que a ausência da China no mercado importador ainda limita o ritmo das compras de gado”, diz a IHS.
Do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas já não dispõem de grandes ofertas de boiadas prontas, informa a consultoria.
“Grande parte dos lotes confinados já foi entregue, já que reter animais no cocho acarretaria prejuízos, tanto em função dos elevados preços das rações quanto pela escassez no mercado dos ingredientes que compõem a dieta bovina”, relata a IHS.
Uma vez no ponto de abate, continua a consultoria, logo o pecuarista tem de tirar esse animal do cocho.
“Aqueles que ainda possuem lotes remanescentes continuam barganhando preços maiores visando diminuir prejuízos gerados pelas quedas nos preços da arroba entre os meses de setembro e outubro”, afirmam os analistas da IHS.
Lotes que estão no pasto estarão disponíveis no final do primeiro trimestre de 2022, acrescenta a consultoria.
No atacado, os preços dos principais cortes bovinos abriram a semana firmes.
O ritmo das vendas de carne bovina no mercado interno ainda segue consistente, enquanto a oferta continua bastante restrita, avalia a IHS.
“Isso tem gerado suporte a firmeza dos preços da carne, já que distribuidores e varejistas seguem realizando reposição depois do aperto em seus estoques na semana anterior, quando houve feriado prolongado”, ressalta a consultoria.
O menor ritmo dos abates bovinos e a escassez de animais terminados devem manter a produção brasileira de carne bovina regulada à demanda, avalia a IHS.
Fonte: Portal DBO
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