Hoje, um grande dilema, além da produção que deve atingir um patamar de quantidade e qualidade, é a responsabilidade ambiental. Coisa que não se falava com o conceito de cruzamento industrial no início. Nos dias atuais, sabe-se que ao utilizar genética zebuína no rebanho tropical, é possível reduzir a idade dos animais que vão para o abate. Esta redução é uma das principais formas de reduzir a emissão de metano (CH4) causada pela fermentação digestiva dos ruminantes.
A pecuária de corte também ganha com esses cruzamentos, quando é possível antecipar no mínimo em 10 meses o tempo de abate médio do animal e agregar 87,76 kg a mais no peso final dos animais. Ao diminuir o tempo de abate em nove meses, o cruzado Brahman libera menos metano. A diminuição é de 50 quilos de metano por animal cruzado durante toda sua vida. No caso de seleções aprimoradas de Brahman PO, esta antecipação no abate é de no mínimo nove meses. Além da redução de idade do abate, também é possível agregar 128,76 kg a mais no peso final dos animais. Se o animal é abatido mais cedo, o volume de área utilizado para criação é menor, o nível de metano emitido também é menor e há, ainda, a diminuição do custo de produção para o pecuarista. Segundo dados da Embrapa Gado de Corte, um boi produz 5 quilos de metano por mês. Ao diminuir o tempo de abate em nove meses, são menos 45 quilos de metano produzido por animal durante toda a vida.
Fonte: Brasil com Brahman