SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil, maior exportador global de carne bovina, recebeu da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) o reconhecimento de novas áreas livres de febre aftosa sem vacinação, incluindo os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e Mato Grosso, disse nesta quinta-feira a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
"Dia histórico para a pecuária do Brasil", escreveu ela em mensagem no Twitter, acompanhada de um vídeo junto ao presidente Jair Bolsonaro.
"Isso é um marco na nossa pecuária, 20% de nosso rebanho será livre de aftosa sem vacinação, podendo alcançar mercados que pagam mais", disse a ministra na gravação.
O reconhecimento de áreas como livres de aftosa sem vacinação contribui para que empresas localizadas nessas regiões tenham acesso a negociações para exportação junto a mercados mais exigentes, que não aceitam o uso da vacina nos rebanhos bovinos como garantia contra a doença.
Embora não cause problemas ao ser humano, a febre aftosa pode reduzir fortemente a produtividade de um rebanho.
A meta do governo é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
A ministra da Agricultura destacou que o Brasil não tinha novas áreas reconhecidas pela OIE "há mais de dez anos" e disse que a notícia é motivo de comemoração.
O presidente Jair Bolsonaro comentou que o anúncio "é um marco fenomenal", segundo o vídeo postado pela ministra.
"São divisas para nós e segurança alimentar também", afirmou ele.
Até o momento, somente Santa Catarina, com rebanho de 4 milhões de bovinos, considerado relativamente pequeno, era reconhecido pela OIE como livre de aftosa sem vacinação.
Fonte: Notícias Agrícolas