Após termos enfrentado o voo de São Paulo à capital nacional, iniciamos o trajeto com um certo cansaço, pelo menos quando pensávamos no tempo que passaríamos dentro de um veículo. Mas o que seria um fardo tornou-se uma troca de experiência incrível. À medida que os minutos passavam o peso da bagagem transferido para as pernas, por ficarmos sentados na mesma posição, ficava mais leve pela conversa que fluía. Assim deveriam ser todas as nossas viagens, exclamamos ao final do trajeto em puro coro.
A estrada parecia uma infinita highway, como diz a canção do Engenheiros do Havaí, mas a música que marca esta viagem está bem mais caracterizada pelo sertanejo goiano, oras invadido pela sofrência da atualidade, que em alguns momentos ganhava uma sonoridade vinda do barulho do vento que entrava ao abrirmos a janela para o registro nas redes sociais, ou mesmo quando o som ficava mais baixo propositalmente para falarmos sobre o leilão de domingo. E desta forma nosso espaço ia sendo ocupado, acelerando o relógio e encurtando o caminho.