Pecuaristas brasileiros têm até o dia 30 de novembro para imunizar o gado contra a Febre Aftosa. Para o zootecnista Welton Oliveira, da Allflex Livestock Intelligence, durante os preparativos para a segunda etapa da vacinação, o produtor pode aproveitar a oportunidade para fazer a identificação dos animais e o controle do número de cabeças do rebanho, otimizando o manejo e o trabalho da equipe.
“Levar os animais ao curral pode interferir na rotina dos rebanhos e exige planejamento prévio. Por isso, o produtor pode aproveitar que irá levar os animais até o curral por conta da vacinação e já aproveitar para fazer a identificação do rebanho”, orienta.
Ele explica que a identificação individual proporciona um controle assertivo dos animais já que um animal individualizado se torna uma unidade produtiva, com avaliações zootécnicas constantes, comparativos, intervenções específicas, acompanhamento de ganho médio ou prejuízo. São informações que auxiliam na gestão da atividade, contribuindo para a maior profissionalização da atividade pecuária.
“Quando se associa a coleta de dados com a ferramenta de gestão, a assertividade se amplia e cria-se a conexão com o bem-estar animal, gestão, manejo do rebanho e otimização de mão de obra. Segurança do alimento é outro ponto importante, pois com base nas informações captadas pela identificação individual é possível ter rastreabilidade, com garantias sanitárias em situações de crise, por exemplo”, ressalta Oliveira.
Inventário diário do gado
Segundo o zootecnista, investir em monitoramento individual dos animais pode melhorar a eficiência da atividade pecuária, pois permite ao produtor fazer um controle maior e ter a rastreabilidade do rebanho, com informações completas que ajudam na tomada de decisões mais assertivas para o negócio. “Com isso, é possível fazer um inventário diário e completo de cada animal, podendo ser acompanhado à distância por meio de softwares que podem ser instalados no computador ou até mesmo no celular”, afirma.
Oliveira também instrui sobre o uso de brincos para identificação do gado. “Orientar a equipe, utilizar materiais e equipamentos originais do fabricante e higiene são fatores que contribuem muito para o sucesso da tarefa. Se estas condições não forem respeitadas há maior risco de falhas na execução dos procedimentos, aumentando também os riscos de perdas de brincos e de erros na própria identificação dos animais. Sem contar que, quando a aplicação de brincos é feita sem os cuidados necessários, há maior risco de acidentes com os trabalhadores, além dos próprios animais”, alerta.
Fonte: Canal Rural
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