O mercado brasileiro do boi gordo abre a semana com preços estáveis em quase todas as praças do País, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
Nas praças paulistas, o boi, a vaca e a novilha prontos para abate seguem negociados por R$ 315/@, R$ 294/@ e R$ 298/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo apurou nesta segunda-feira, 26 de julho, a Scot Consultoria.
Animais com padrão exportação (abatidos mais jovens, com até 30 meses) valem em torno de R$ 320/@ em São Paulo.
Segundo a IHS Markit, com escalas relativamente mais confortáveis, as indústrias frigoríficas planejam o ritmo de aquisições de boiadas a ser adotado ao longo dos próximos dias, movimento típico do início da semana.
Nesta semana, a expectativa é de aumento da oferta de boiada gorda em função das previsões de temperaturas extremamente baixas no Centro-Sul do País, observa a IHS.
“Os pecuaristas se preparam para enfrentar outro episódio de adversidade climática, o que pode impactar ainda mais os já elevados custos de produção”, avalia a consultoria.
Os pecuaristas buscam manter firmes os preços dos animais terminados, enquanto as indústrias tentam compor escalas de abate para a primeira semana de agosto forçando para baixo as cotações vigentes.
Segundo a IHS, com a dificuldade em engorda os seus animais, as propriedades de pequeno e médio porte já relatam a necessidade de ofertar os seus lotes de animais de maneira precoce, caso não haja mais espaço em boiteis.
No entanto, mesmo com a possibilidade de aumento de oferta de boiadas, os preços da arroba tendem a permanecer estáveis, conservando a rentabilidade dos produtores, acredita a IHS.
Nos contratos futuros do boi negociados na B3, há registro de variações positivas significativas nos vencimentos mais longos (meses finais deste ano), sinalizando a oscilação dos preços entre R$ 322/@ e R$ 329/@.
Os negócios futuros para outubro/21 e novembro/21 alcançaram R$ 321,80 e R$324,85, respectivamente.
O contrato futuro de vencimento mais curto não apresentou nenhuma variação, refletindo o comportamento do físico.
No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis. A demanda dos consumidores por proteína bovina segue bastante lenta e instável.
As buscas por reposição de estoques de carne bovina também não registram reação, visto que a oferta segue maior que a demanda.
Neste cenário, os preços no varejo enfrentam pressões baixistas. Não há esperança de maior consumo até a chegada da primeira semana de agosto, prevê a IHS Markit.
Fonte: Portal DBO