A escolha da pastagem certa é de extrema importância para o trabalho dos pecuaristas. Seja na pecuária de corte ou leiteira, uma decisão errada ou a falta de atenção aos cuidados com o campo, podem colocar em risco a lucratividade do produtor. Por isso, o criador tem que ter em mente qual é o tipo de pasto ideal para a sua necessidade.
Se trabalhado de forma correta, o pecuarista pode ter uma maior margem de lucro, pois, esse tipo de nutrição não exige tanto investimento como a ração. Assim, ele pode usar a alimentação no cocho por um menor tempo, caso necessário.
Para escolher o pasto é preciso realizar alguns passos, diz o engenheiro agrônomo, André Tadao. Segundo ele é necessário começar com uma análise de solo. Em seguida, fazer a correção e adubação da terra. Feito os cuidados básicos, o produtor precisa escolher a forma ideal de plantio, incluindo o tipo de equipamento que será usado no trabalho.
Ainda é importante avaliar o tipo de solo, clima, qualidade das sementes e época ideal para o plantio. Caso o pasto tenha um alto grau de degradação, a recuperação do solo será inevitável, se não, todo o trabalho pode ser em vão.
Tadao ainda observa que “é necessário escolher uma semente que vai se estabelecer rápido e com qualidade. A parte da incorporação é muito importante, por isso tem que deixar [a semente] em no máximo 2 cm de profundidade para ter um estabelecimento rápido, assim conseguir aproveitar a forragem no máximo possível e de forma rápida”.
Em Mato Grosso a atenção para esses fatores deve ser ainda maior, uma vez que, a maioria dos pecuaristas do Estado criam seus animais à pasto. O consultor em estabelecimento de pasto e manejo da Matsuda ressalta ainda que, além de ser mais econômica, a pastagem é uma cultivar perene, ou seja, permanece por mais de 20 ou 30 anos, se bem cuidada.
“A forrageira bem manejada tem uma boa capacidade de produção. É claro que o animal não vai ter o mesmo ganho que em uma ração fechada, mas o produtor não fica dependendo da variação do preço dos insumos”, observa.
Uso de tecnologia na pecuária
O engenheiro ainda lembra que o pecuarista antigo não gostava de tecnologia, mas que essa realidade tem mudado. “Os pecuaristas viram que os agricultores investiram em tecnologia e obtiveram resultados. Hoje você encontra tecnologia na pecuária, pode escolher uma semente de boa qualidade, um equipamento, fazer um preparo com mais qualidade para produzir mais carne ou produzir leite”, afirma.
Segundo ele, é preciso pensar a pecuária como uma produção, como acontece na agricultura de produção de grãos. “Antigamente era mais difícil, hoje temos tecnologia para trabalhar igual a agricultura”.
Fonte: O livre