A prenhez das éguas geralmente é motivo de alegria e satisfação dentro de um haras, mas também de preocupação por conta das possíveis afecções ocorridas neste período.
A placentite, por exemplo, é uma delas. Trata-se de uma inflamação da placenta e que está diretamente relacionada a inúmeros casos de abortos, natimortos ou partos prematuros.
Antes de ficar por dentro de maiores detalhes, importante destacar que a placenta tem como objetivo promover o equilíbrio metabólico e o fornecimento de nutrientes da mãe para o feto através do cordão umbilical, numa relação de troca.
Presente em aproximadamente 30% das perdas gestacionais, a placentite pode ter causas variadas, como traumas na região, irritações, ou infecções causadas por bactérias ou outros microrganismos.
Essa enfermidade promove uma série de reações, comprometendo o feto, geralmente por asfixia e infecções.
Os sinais mais comuns apresentados pelas éguas portadoras desta afecção são: mamas acentuadas, lactação precoce, sendo que ainda há possibilidades de que nenhum sinal seja apresentado, o que dificulta qualquer tratamento em tempo hábil.
Por isso é muito importante que todos os animais em período gestacional sejam submetidos a exames periódicos de ultrassonografia transabdominal ou transretal, de modo a detectar possíveis anormalidades no feto, inflamações ou o comprometimento das funções placentárias, sendo estas muitas vezes sutis e de difícil visualização.
É crucial, portanto, que o profissional responsável por tais exames tenha amplos conhecimentos sobre a anatomia do útero e região, além de operacionalização dos exames por imagem. O diagnóstico definitivo pode ser realizado, por fim, através de um exame histopatológico.
A ultrassonografia e palpação transretal tem sido duas grandes aliadas no processo de identificação dessa anomalia.
Fonte: Escola do Cavalo e Informativo Equestre