Principal matéria-prima da indústria frigorífica, a arroba bovina atingiu nesta semana recorde de R$ 300, segundo indicador Esalq/B3. O preço, que considera a média das negociações de cinco regiões de São Paulo, acende um alerta no setor – que enfrenta dificuldades, em meio à crise econômica, de repassar a alta dos custos de produção ao consumidor final.
Porém, é preciso entender que o boi gordo não é o começo da cadeia. A produção da carne bovina disponível na gôndola do supermercado começa com a compra de insumos e, principalmente, de bezerros.
A inflação sobre as proteínas animais em 2020 foi de 17,97%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante disso, o consumidor de carne bovina pode estar se perguntando neste momento por que o preço subiu tanto nos últimos. A primeira coisa que vem à mente de alguns é o boi gordo, que registrou valorização bastante expressiva nos últimos anos, mas não é bem assim.
É verdade que o preço do boi está mais alto. De acordo com a Scot Consultoria, o animal terminado fechou esta terça-feira, 2, cotado a R$ 300 por arroba, preço bruto e à vista, em São Paulo. Isso representa alta superior a 57% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a arroba estava em R$ 190, e de quase 98% em relação à mesma data de 2019, quando o boi gordo era negociado a R$ 152 por arroba, nas mesmas condições.
Fatores que favorecem a alta da carne:
Reposição, a primeira razão para a alta da carne; Ração mais cara, o segundo motivo para a alta da carne; Ciclo pecuário se inverteu, terceiro motivo para alta da carne; Inflação no Brasil, quarto e mais importante fator de alta no preço da carne;
Fonte: Compre Rural