PREÇO DO BOI SEGUE EM ALTA COM LEVE ALTA DE NEGÓCIOS PELO PAÍS.
Indústrias reduzem operação em suas unidades frigoríficas para estancar as perdas nas margens operacionais, mas boa demanda externa garante alguma movimentação ao mercado pecuário
PREÇO DO BOI SEGUE EM ALTA COM LEVE ALTA DE NEGÓCIOS PELO PAÍS.

Nesta quarta-feira (17/3), o mercado do boi gordo registrou uma leve melhoria no volume de negócios em relação aos dois primeiros dias desta semana, informa a IHS Markit.

Na avaliação da consultoria, um dos motivos para o crescimento nas vendas de boiadas terminadas foi a saída do mercado de grande quantidade de abatedouros, depois do desgaste de suas margens operacionais, agravado pelo alto valor da arroba e pelo fraco consumo interno de proteína bovina.

“As poucas plantas que permaneceram ativas conseguem obter escalas de abate mais adequadas, embora ainda curtas, entre 4 e 5 dias”, relata a IHS.


Para a Scot Consultoria, deve ser acompanhado de perto o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre o consumo de carne bovina no mercado doméstico. “Com o agravamento da doença, medidas rigorosas de contenção da COVID-19 estão em vigor em boa parte do País. Em algumas cidades do interior de São Paulo, por exemplo, os supermercados funcionarão apenas para entrega em domicílio”, observa.

Por outro lado, a demanda externa pela carne bovina brasileira que segue forte, sobretudo os embarques à China. Além disso, a oferta de animais terminadas segue bastante enxuta, contribuindo para a sustentação da arroba em patamares altos. Nas praças de MT, MS e MG foram relatados novos aumentos nos preços da arroba do boi gordo nesta quarta-feira, segundo a IHS, puxados justamente pela crescente demanda externa. No mercado atacadista, os preços dos principais cortes seguem estáveis.


Fonte: Portal DBO