O mercado brasileiro do boi gordo abriu a semana com preços estáveis, depois dos tombos registrados na semana anterior, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
“As escalas de abate atendem a necessidade dos frigoríficos, uma vez que o mercado interno segue com consumo mais comedido de carne bovina e as exportações para a China permanecem suspensas”, relata a Scot Consultoria.
Com isso, o boi do gordo segue valendo R$ 293/@ (preço bruto e a prazo) nas praças paulistas, enquanto vaca e novilha prontas para abater são negociadas a R$ 277/@ e R$ 293, respectivamente, informa a Scot.
“Como toda segunda-feira, os frigoríficos brasileiros preferiram avaliar o desempenho das vendas da carne bovina e os estoques para só depois traçar a melhor estratégia de compra de boiada”, afirma a IHS Markit.
Nesta segunda-feira, 4, completou-se 30 dias de suspensão das vendas de carne bovina brasileira à China. Porém, diz a IHS, agentes do setor acreditam que, em breve, a situação estará normalizada.
“O mercado internacional vive um momento de desabastecimento com relação à proteína bovina e o Brasil é um importante agente no fornecimento da mercadoria no âmbito global”, destaca a IHS.
Nos últimos meses do ano, os chineses elevam as compras de carne visando garantir abastecimento de seu mercado para o período de comemoração do ano novo lunar, durante todo o mês de fevereiro.
Desta forma, as programações de compra dos importadores da China devem ser realizadas até dezembro para captação durante janeiro, observa a IHS.
Apesar da suspensão temporária dos embarques ao gigante asiático, no mês passado, as vendas externas de carne bovina brasileira atingiram o maior volume mensal deste ano.
Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o Brasil exportou 187,02 mil toneladas de carne bovina in natura, desempenho 31,4% superior a setembro de 2020 e um avanço de 3% frente a agosto de 2021.
No atacado, os preços dos principais cortes bovinos, bem como do sebo e couro industrial, iniciaram a semana estabilizados.
O fluxo das vendas ainda não gerou suporte suficiente para ocasionar elevação nos preços da carne bovina, relata a IHS.
“A oferta de mercadoria segue bem regulada à demanda, efeito da queda do abate de animais em setembro”, informa a IHS.
Fonte: Portal DBO
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