Nesta quarta-feira, 28 de julho, o mercado brasileiro de boiada gorda registrou estabilidade na maioria das praças pecuárias do País.
Porém, a tendência é de alta nas cotações do boi gordo, diante da oferta restrita de animais terminados e da expectativa de elevação no consumo interno de carne bovina a partir do início de agosto, quando entra o salário na conta dos trabalhadores brasileiros.
“A aproximação da primeira semana de agosto, as recentes altas dos custos de produção e o crescimento da demanda externa no segundo semestre do ano são os principais fatores que devem pavimentar o movimento de alta na arroba”, observa a IHS Markit.
Segundo a consultoria, as plantas frigoríficas focam na procura de fêmeas, que são mais baratas e oferecem maior margem de rentabilidade para as operações, em função da impossibilidade de repasses significativos aos preços da carne bovina no varejo.
Por sua vez, os pecuaristas elevam a oferta de seus primeiros lotes de confinamento e semiconfinamento ao mercado, principalmente por conta das condições climáticas extremamente adversas que atingem o Centro-Sul do País.
“Ao longo deste mês, as geadas já atingiram as lavouras de milho e cana-de-açúcar, ocasionando altas significativas nos custos de nutrição”, relata a IHS.
Nos contratos futuros do boi negociados na B3, há registro de novas variações positivas em quase todos os vencimentos, aumentando a expectativa de consolidação de nova tendência de alta no mercado físico.
Os preços futuros para outubro/21 e novembro/21 alcançaram R$ 327,05 e R$ 330,15, respectivamente.
Especialmente no dia de hoje, foram registradas variações positivas da arroba no Mato Grosso e em Minas Gerais, segundo apurou a IHS. No restante das principais praças, o valor da arroba segue firme, em alto patamar – próximo de 320/@, a prazo, em São Paulo.
No mercado atacadista, os preços do dianteiro bovino e da ponta de agulha registraram quedas de R$ 0,30/kg e R$0,10/kg, respectivamente, nesta quarta-feira, apurou a IHS.
O traseiro bovino, couro e sebo industrial, permaneceram estáveis. A procura por reposição de estoques segue extremamente instável, em função da dificuldade de escoamento.
Tal cenário era esperado pelo mercado e não surpreende, observa a IHS. As sobras nos entrepostos podem trazer novas quedas de preços ao longo desta semana, prevê a consultoria.
Fonte: Portal DBO