Quando o assunto é produzir mais com mesma área, se traduz por ganhos de eficiência na relação custo menor versus maior volume de produto final. Na pecuária bovina de corte, esse fundamento econômico tem São Paulo como exemplo satisfatório, se for olhada as duas pontas do negócio: rebanho de apenas 5,5% do Brasil, mas 10% de toda carne consumida internamente e exportada.
Parte desse cenário o Rally da Pecuária 2019 irá apresentar quinta-feira (12, na Fiesp), no resultado final da jornada por nove estados e 300 propriedades visitadas por várias equipes de técnicos da Athenagro/Agroconsult.
Vários destaques foram antecipados, desde o início, por Maurício Palma Nogueira, diretor e coordenador da expedição – ganho do peso médio de carcaça em Goiás, menor custo de alimentação de confinamento, regiões com melhora da genética e nutrição, entre outros – mas os dados paulistas chamaram a atenção.
“Enquanto na média do Brasil, a expedição encontrou 20% dos pecuaristas produzindo mais de 18 arrobas por hectare/ano, em São Paulo 37% dos produtores entrevistados estavam acima dessa produtividade, sendo que estes foram responsáveis por 82% do total das vendas”, explicou Palma Nogueira. Genética e nutrição, chaves da tecnologia empregada.
Boa parte das 11,7 milhões de cabeças do maior estado consumidor, para somente 4% do total de pastagens, são terminadas em cocho, representando 11% do total brasileiro.
A agregação de valor, por esses parâmetros, são visíveis nas exportações, por exemplo. O coordenador do Rally da Pecuária lembra que mais de 1/4 de todos os embarques nacionais são de carnes produzidas em São Paulo.
Fonte: MoneyTimes