A Red Angus Association of America (RAAA) e a Santa Gertrudis Breeder International (SGBI) estão formando uma parceria para fornecer à Indústria de carnes um “blend” único de adaptação, desenvolvimento, precocidade e marmoreio – com uma pelagem vermelha resistente ao calor – em um novo programa para o produtor de carne comercial chamado American Red.
Esse programa de cruzamento é direcionado para produtores comerciais que buscam fêmeas substitutas de qualidade e machos que se encaixam no segmento de valor agregado da indústria de carne bovina. American Red foi desenvolvido, testado e comprovado no King Ranch, em Kingsville, Texas, berço da Raça Santa Gertrudis, a partir daí, vários outros criadores no sul dos EUA também começaram a usar este cruzamento estratégico para produzir uma carne premium em um ambiente hostil (precipitação média anual 528mm; temperaturas anuais que variam entre 35C e 10C) com notável sucesso.
Para aderir a esse programa os criadores tem que seguir as seguintes especificações:
Para se qualificar para o programa comercial “American Red”, os bois (castrados) e bezerros da mesma boiada tem que ser filhos de um touro Red Angus registrado na média do top 50% da raça do índice HERDBUILDER (HB) ou um touro Santa Gertrudis registrado em média do top 50% do Índice Balanceado SGBI*. A porcentagem de raças no gado qualificado irá de 25% a 75% Red Angus à 25% a 75% Santa Gertrudis, com um pequeno abono para outras raças. A maioria do gado qualificado é vermelho, porém cor não é um fator de exclusão. Os rebanhos não necessariamente precisam ter pelagem vermelha para se qualificar. O grupo de bezerros qualificados precisa conter pelo menos 50% da raça recíproca, ou seja 50% ou mais de Santa Gertrudis quando o bezerro é cria de um touro Red Angus ou 50% ou mais de Red Angus quando o bezerro é cria de um touro Santa Gertrudis. Índice Balanceado SGBI: esse índice presume que os produtores estão mantendo as novilhas dos touros que eles compram. Presume ainda mais que produtores estão ou 1) com foco no marketing das carcaças; ou 2) que compradores de seus bezerros baseiam os preços do desempenho da caraça no confinamento.
A pecuária de corte do Brasil tem evoluído significativamente. Somos detentores do maior rebanho comercial do planeta e, atualmente, somos o maior exportador de carne bovina do mundo e o segundo maior produtor mundial. A produção brasileira de carnes se destaca em volume, entretanto, há muito espaço para crescimento, principalmente no quesito qualidade. A maior parte da produção de carnes nacional é commodity, ou seja, carne comum, e assim sendo, tem baixo valor agregado, mesmo atendendo às exigências dos órgãos de fiscalização.
Fonte: Compre Rural