Olá caros pecuaristas, hoje falaremos sobre as suplementações com volumoso principalmente voltado para a bovinocultura de leite.
Hoje é conhecido a dificuldade de manter-se competitivo no mercado produtivo da pecuária, seja ela de corte ou leite, com a chegada da seca temos um serie de grandes impactos negativos associados a produção do rebanho.
A utilização de suplementação já é bastante conhecida, principalmente aos concentrados, sejam energéticos ou proteicos, ou as novas combinações comercias para terminação denominada de Proteico-energético, estes produtos são usados amplamente para animais de corte, mas quando falamos de animais leiteiros seu uso se torna complexo e por muitas vezes economicamente inviável para o produtor.
Ainda sobre a produção de leite, o consumo de volumoso, denominado pelo produtor como o “verde”, é de alta importância para a litragem produzida, mas como ter pastagem ou um volumoso de qualidade na época da seca? A entrada para a silagem é o caminho mais direto porem não tão fácil de executar. Hoje fatores como disponibilidade de maquinário, área de produção, capital de giro para compra de sementes, defensivos, e fertilizantes torna difícil a execução deste processo. Com isso o pecuarista que entra nesse mundo agrícola, busca materiais de ótima resposta a sua necessidade.
Diversos materiais foram desenvolvidos até hoje, neste artigo falaremos do Sorgo Forrageiro IAC Santa Elisa, popularmente conhecido como Sorgo Gigante, mas afinal o que tem de tão diferente este material?
Como sabemos o sorgo é uma cultura anual, e pode se diferenciar em sua forma de uso dependendo da cultiva, sendo para grão, silagem, energético e até mesmo na confecção de vassouras caipiras, os sorgos destinados as silagens são chamadas de forrageiros.
Por sua estrutura e composição o sorgo tem um metabolismo de alto aproveitamento da radiação solar transformando isso em grandes produções de foto assimilados, por isso podemos ver produções tão expressivas.
Mas vamos ao ponto, o IAC Santa Elisa é tolerante a seca, e se destaca por sua alta produtividade chegando atingir até 100 toneladas por hectare, equivalendo nutricionalmente a 80% da silagem de milho.
Seu plantio é indicado no início do ano agrícola, bem nas primeiras chuvas, sensível a germinação pelo tamanho de sua semente, recomenda-se o plantio após o acumulo de 60 a 100 mm de chuva, para o solo o manejo convencional, aração e gradagem, ou em plantio direto, sendo que seu espaçamento varia de 80 a 90 cm entre linhas e de 12 a 24 sementes por metro linear com profundidade de plantio variável de 3 a 7 cm dependo do solo da área à ser cultivada, nessas condições o consumo de sementes fica de 3 a 6 kg de por hectare.
Pouco exigente em fertilidade, exige poucas correções com uso de calcário, para adubação de plantio cerca de 60 á 100 kg de P2O5 (Fósforo) e de 60 até 200 kg de K2O (Potássio) e para a cobertura de 60 a 120kg de N (Nitrogênio) preferivelmente parcelado em duas vezes não estendo as aplicações mais que 30 dias entre elas e não passando mais que 45 dias pós plantio.
A colheita deve ser realizada no mês de maio, quando os cachos aparecem, e os grãos estiverem entre pastoso e farináceo, a planta deve ter em média 35% de umidade para obter uma boa qualidade de ensilagem.