Veja como se prevenir dos parasitas mais comuns na pecuária
De maneira geral, a presença de parasitas na produção pecuária pode trazer grandes prejuízos para o pecuarista, assim como para a saúde dos bovinos
Veja como se prevenir dos parasitas mais comuns na pecuária

De maneira geral, a presença de parasitas na produção pecuária pode trazer grandes prejuízos para o pecuarista, assim como para a saúde dos bovinos. Mas é no período de chuvas – época em que há maior nível de infestação – que os cuidados devem ser redobrados.

Enfermidades causadas por vírus e/ou bactérias são combatidas geralmente com vacinas  ou outras medidas preventivas.

Porém, quando o assunto são os parasitas, a imunização dos animais se torna uma missão bem mais complexa.

Vamos entender melhor sobre isso?

Os parasitas são organismos que sobrevivem através dos recursos oferecidos pelo hospedeiro, no caso, o bovino.

Esse tipo de associação prejudica o desenvolvimento e interfere diretamente na saúde do animal habitado.

Eles possuem características importantes durante o ciclo de vida, sendo uma fase chamada de “parasitária” aquela em que esse organismo se associa diretamente ao hospedeiro, e a fase “não parasitária”, quando ele vive no ambiente externo.

Agora você confere quais os principais tipos de parasitas e como combatê-los:

Continue depois do anúncio


Ectoparasitas

São aqueles que enquanto estão na fase parasitária (vivendo no hospedeiro) se abrigam na superfície ou nas cavidades do hospedeiro (gado). Os exemplos mais comuns desse grupo de parasitas são as moscas e os carrapatos.

Como falamos acima, há também os parasitas que habitam dentro do corpo do hospedeiro (gado). Estes vivem na corrente sanguínea, dentro do sistema digestivo ou em tecidos do corpo. Os tipos mais comuns são vermes e protozoários.

Mosca dos chifres

Está presente em quase todo o país e é muito comum ser encontrada nas fazendas de gado, principalmente em períodos chuvosos.

Seu controle é fundamental para a sanidade animal, pois além de causar extremo desconforto e estresse ao gado, faz com que o animal pare de se alimentar corretamente e não tenha períodos de descanso, o que acarreta na perda de peso e redução na produção de leite.

Além disso, outro prejuízo atribuído a esse parasita está relacionado à qualidade do couro: dependendo da quantidade de picadas na carcaça do bovino, o couro fica com lesões e perde a qualidade e preço de comercialização.

O controle da mosca de chifres se dá através de pesticidas encontrados facilmente nas lojas pecuárias. Mas é com lembrar que o uso intenso desse tipo de produto tem criado uma população resistente aos princípios ativos, o que diminui a eficácia dele no combate ao parasita.

Como método preventivo, também é utilizado o controle biológico através de besouros. Ao cavar buracos para enterrar as fezes do gado que serão utilizadas como alimento, o besouro acaba enterrando também as larvas da mosca que não resistem e morrem.

Moscas dos estábulos

Assim como as moscas dos chifres, esses insetos são hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue e é justamente na picada que transmitem várias doenças nocivas ao gado.

A maneira mais comum de prevenção é realizar a correta higienização das instalações pecuárias. Deve-se limpar cochos, currais e estábulos, retirando restos de feno, silagem e fezes de animais, pois são fatores que atraem estes insetos.

Carrapatos

Aqui está um dos grandes inimigos da produção pecuária, capaz de se reproduzir com facilidade e se adaptar a muitos tipos de climas. Carrapatos também desenvolvem resistência aos tratamentos e causam prejuízos enormes na sanidade bovina.

As raças de boi de origem europeia são mais suscetíveis e sofrem mais com a presença desse parasita.

Por ser uma espécie que se alimenta do sangue do hospedeiro durante seu ciclo de vida, ele prejudica diretamente o desenvolvimento do gado, podendo causar anemias.

Além disso, o carrapato também injeta substâncias prejudicais na corrente sanguínea do animal infestado, causando infecções.

O combate ao parasita exige um controle planejado, pois ele tem a capacidade de circular entre pastos e propriedades vizinhas. Muito cuidado também com o uso constante de carrapaticidas, pois podem criar resistência, o que reduz a efetividade do controle de uma nova população de carrapatos.

Adotar o sistema de pasto rotacionado pode ser uma forma de prevenção, afinal o gado não fica muito tempo no mesmo local. Além disso, o pecuarista oferecerá sempre uma pastagem de melhor qualidade aos animais.

Fonte: Premix