Há inúmeras razões para se escolher a raça Angus ao definir a base genética de um criatório. Além das qualidades inigualáveis atribuída à carne dos animais, a Angus oferece maior giro financeiro ao pecuarista em função da alta fertilidade e precocidade sexual dos rebanhos. Sendo uma raça de retorno certeiro para recriadores e terminadores, a Angus também se torna uma oportunidade extraordinária para quem produz genética.
Em pista, os reprodutores Angus têm excelente liquidez e valorização de Norte a Sul do Brasil. Mas, afinal, porque a Angus vale tanto? A resposta a essa pergunta passa por diversos fatores que explicam o avanço da raça no rebanho brasileiro, entre elas a conquista do paladar do brasileiro. Veja aqui alguns deles:
HABILIDADE MATERNA, FERTILIDADE E LONGEVIDADE
As fêmeas Angus são conhecidas por sua extraordinária habilidade materna. São ventres que dão origem a terneiros de médio porte, mas capazes de ganho de peso rápido e com baixo índice de mortalidade. As mães Angus se recuperam rápido, apresentando curtos períodos entre partos. A longevidade associada à fertilidade, representa, ao final, mais crias produzidas. Tais características conferem à criação alta rentabilidade, tanto pelo número de bezerros nascidos, quanto pela quantidade de quilos obtidos por hectare.
Os touros Angus têm vida reprodutiva destacada. Estima-se que um reprodutor médio tenha uma vida reprodutiva de 4 a 5 anos. Quando utilizado em cobertura a campo, o touro Angus deixa, em média, 150 descendentes de genética melhoradora no plantel.
PRECOCIDADE
A Angus tem demonstrado que, nas mesmas condições alimentares de outras raças, atinge mais cedo a puberdade, o que significa um ciclo de desenvolvimento mais curto e retorno mais rápido ao investimento do criador.
Além disso, animais terminados jovens podem render carcaças de mais de 300 quilos que, quando acabadas adequadamente, resultam em cortes de alta qualidade e valor agregado.
RUSTICIDADE
O gado Angus é um animal de fácil adaptação a diferentes condições climáticas e de vegetação. Sua rusticidade permitiu aos rebanhos conquistarem as cinco regiões do País.
O gado tem maior resistência a enfermidades, grande adaptação a extremos de temperaturas (altas ou baixas), solo seco ou alagadiço, campos altos ou abrigados, pastagens ricas ou pobres. Mesmo em situações adversas, as fêmeas Angus produzem bezerros e os amamentam adequadamente.
QUALIDADE DE CARNE
Sinônimo de qualidade quando o assunto é carne, a Angus se consagrou dentro e fora do Brasil por oferecer cortes de alta suculência, sabor diferenciado e gordura na medida certa. O resultado é reflexo de um trabalho meticuloso de melhoramento genético do rebanho e padrão de acabamento, o que dá origem a carcaças uniformes e com alto índice de marmoreio (gordura entremeada na carne).
A carne Angus do Brasil é reconhecida hoje como uma das melhores do mundo. Nos últimos anos, cortes produzidos em solo nacional venceram importantes disputas internacionais de qualidade, como o International Taste & Quality Institute (ITQI) e o World Steak Challenge. O padrão diferenciado também atraiu a atenção de compradores internacionais. Hoje, a Angus exporta seus cortes para países dos cinco continentes. A valorização das cargas é outro atrativo importante, chegando a valer mais que o dobro da média nacional.
Fonte: Associação Brasileira de Angus