Apesar da pandemia que freou a expansão da economia mas não atrapalhou o bom momento da pecuária nacional, a raça Angus atingiu a comercialização recorde de 7,08 milhões de doses de sêmen em 2020. A marca representa elevação de 21,99% em relação a 2019 e consolida crescimento constante da raça em uso em 26 das 27 unidades da federação.
O volume é mais do que o dobro do que o total vendido em 2013. O destaque de 2020 foi a comercialização de genética nacional, que abocanhou 23,76% do mercado doméstico. Em 2019, reprodutores nacionais abasteciam apenas 19% da demanda local.
Os dados foram compilados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), entidade da qual a Associação Brasileira de Angus é associada. O pecuarista e presidente da Angus, Nivaldo Dzyekanski, salienta que os resultados comprovam, mais um ano, a posição de liderança da Angus. “É uma marca importante porque mostra a preferência dos pecuaristas pela genética Angus para produção de carne de qualidade”, salientou.
Outro dado importante apresentado pela Asbia, complementa o gerente de Fomento da Angus, Mateus Pivato, refere-se ao aumento do uso de Inseminação Artificial no Brasil. Segundo o estudo, 68,2% dos municípios brasileiros realizam o procedimento em seus rebanhos, sendo que 76,99% desses usam Angus.
“Os números divulgados pela Asbia neste mês de fevereiro confirmam que a Angus há muito deixou de ser uma raça de uso em clima Temperado. Estamos em mais da metade dos municípios brasileiros”, constatou Pivato, lembrando que a raça está em 52% dos 5.570 municípios do país.
Entre as regiões brasileiras, a Centro-Oeste lidera na aquisição de doses de sêmen Angus, com 47,27% do total nacional, seguida pela Norte (21,60%). Berço da genética Angus, a região Sul demanda 13,27% de todo sêmen vendido no país. O Sudeste absorve 12,79% e o Nordeste, 4,76%.
“Os números mostram que crescemos, mas que ainda há muitas potencialidades a serem desenvolvidas nesse país de proporções continentais”, frisou Dzyekanski. Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera como maior comprador de genética Angus com 18,45%, força que vem do uso do sêmen para produção de bezerros meio-sangue. “É a força do Programa Carne Angus Certificada impactando na área técnica e puxando a demanda por genética nacional”, completou Pivato.
Fonte: Compre Rural