Em meio à crise, o que temos de oportunidades no Brasil? O agronegócio. Temos tecnologia, produtividade e acessamos mercados internacionais; nos transformamos de um país importador de comida a um dos cinco maiores exportadores, além de abastecimento interno.
Mas isso basta? Não. Importante celebrar essas conquistas? Sim. Temos uma super safra neste ano e para 2021/22 nova promessa de safra ainda maior nos grãos. Ótimo. Mas isso basta para os próximos dez anos? Não.
Temos outro tanto do agronegócio brasileiro para desenvolver, da mesma forma como desenvolvemos este que nos permitiu exportar mais de US$100 bilhões e salvar a economia nos mantendo acima da tona da água.
Porém, apenas para nos incomodar – e os incômodos são as alavancas do que nos fazem progredir – basta ver a Holanda, um país do tamanho do estado do Espírito Santo e que muito nos ensina (como a colonização holandesa nos campos gerais do Paraná com as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, e a cidade de Holambra em São Paulo, a 4ª maior cooperativa exportadora de flores do mundo).
Essa Holanda precisou fazer diques para o mar não a invadir. Eles exportam cerca de US$111 bilhões do seu agronegócio, aproximadamente US$10 bilhões a mais do que o Brasil.
Isso nos motiva a olhar todo potencial brasileiro dos lácteos, bioenergia, agrofármacos, hortaliças, legumes, flores, e a fruticultura tropical, um desejo do consumidor mundial.
O Brasil para crescer precisa dobrar de tamanho, o movimento total do agribusiness nacional; isto quer dizer, mais biosoluções, mais indústria, mais comércio, mais agroindústria e muito mais gastronomia e turismo agroecológico, além da bioeconomia nos biomas.