Brasil precisa de novos acordos comerciais para aumentar competitividade do agro, diz CNA
A representante da CNA falou ainda da importância dos adidos agrícolas na promoção do comércio exterior brasileiro.
Brasil precisa de novos acordos comerciais para aumentar competitividade do agro, diz CNA

A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, afirmou, na quinta (21), que para o agro brasileiro ser mais competitivo no mercado internacional, o país precisa buscar novos acordos comerciais e diversificar a pauta exportadora.

A representante da CNA participou do 3º Encontro dos Adidos Agrícolas, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), de 18 a 29 de outubro.

O objetivo do encontro é discutir estratégias para negociações internacionais, promoção comercial, atração de investimentos e internacionalização do agro brasileiro.

No painel “Estratégia de posicionamento sobre agricultura brasileira”, Lígia Dutra disse que o Brasil é um grande exportador de produtos do agro, mas tem pouco acesso aos mercados. “Sem acordos comerciais, acabamos concentrando nossa pauta exportadora em commodities, deixando de aproveitar outras oportunidades no mercado internacional que poderiam beneficiar produtos de maior valor agregado”.

Segundo Lígia, novos acordos comerciais – principalmente com os países da Ásia onde a demanda por alimentos cresce a cada dia – são fundamentais para agregar valor às exportações e incluir pequenos e médios produtores no mercado exterior.

Para ela, a melhor inserção internacional também vai demandar uma abertura no mercado interno, promovendo as trocas comerciais como um todo e não apenas as exportações. “Ampliar o leque de importações é uma oportunidade para a melhoria da competitividade do setor produtivo nacional”.

A representante da CNA falou ainda da importância dos adidos agrícolas na promoção do comércio exterior brasileiro. “O papel dos adidos envolve inteligência local, negociação (abertura e disputa), promoção comercial e de imagem e relacionamento local, fatores fundamentais para o nosso país”.

Em sua apresentação, Dutra também citou as ações da CNA na área internacional, como o projeto Agro.BR e o Programa de Aterrissagem na China, além dos escritórios internacionais de representação da CNA na Ásia. Já sobre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a diretora mostrou os números de propriedades atendidas, de profissionais capacitados e matrículas efetivadas de educação a distância.

Segundo o Ministério da Agricultura, ao todo, 27 adidos agrícolas participam do encontro. Eles representam as regiões de Bangkok, Buenos Aires, Cairo, Camberra, Bogotá, Hanói, Jacarta, Cidade do México, Lima, Londres, Moscou, Nova Dehli, Ottawa, Paris, Pequim, Pretória, Rabat, Riade, Roma, Seul, Singapura, Suiça, Tóquio e Washington. Outros dois representam a Missão Permanente junto à União Europeia e um a missão do Brasil junto à OMC.


Fonte: Notícias Agrícolas


Leia mais:

Produtor, você conhece as fases de criação da bovinocultura de corte?

3 passos para garantir bezerros mais pesados ao desmame
É possível e benéfico desafiar novilhas com menos de 18 meses?



C21049