O zootecnista Rodrigo Gomes, Mestre, Doutor e Pós-Doutor pela FZEA-USP e pesquisador da Embrapa Gado de Corte, revelou quais são os dois primeiros pilares, ou passos, que o pecuarista deve levar como orientação para reduzir a idade de abate de seus animais para que sejam abatidos com até dois anos.
“Neste modelo de abate de dois anos que a gente tem preconizado, tem dois pilares. O primeiro pilar é fazer uma excelente recria e aproveitar esta época (das águas) para fazer uma arroba barata. Produzir muita arroba em uma área menor, mas fazer uma arroba barata. O segundo pilar é ter uma terminação mais intensiva. O confinamento é uma excelente ferramenta, mas se não consigo, tem o semi-confinamento. Com algum manejo de pastagem mais uma boa orientação em termos de suplementação concentrada, eu consigo trazer a terminação para 90 a 100 dias no máximo e eu ajudo muito a colocar acabamento neste animal e fazer ele ser abatido com dois anos”, resumiu o zootecnista.
Entretanto, ponderou o pesquisador, o pecuarista deve ter cuidado redobrado para fazer o sistema intensivo funcionar, sobretudo a partir de melhoramento genético. “O ponto de atenção está no que a gente faz no meio do caminho. Não adianta pensar que está usando um cruzamento, uma boa genética, que a gente pode esquecer da nutrição, da sanidade, do manejo. Na verdade é o contrário. Quanto melhor o meu animal do ponto de vista de genética, mais atenção eu tenho que ter do ponto de vista sanitário e do ponto de vista nutricional. É um animal mais exigente, mas que também vai responder”, afirmou.
Fonte: Canal Rural