Está acontecendo desde o dia 9 de março em Essen, na Alemanha, a maior feira equestre do mundo, a Equitana. O evento, que vai até dia 17, reúne mais de 750 expositores com diversas raças representadas, sendo algumas delas bastante conhecidas ou em expansão no Brasil. Confira:
Quarto de Milha
O plantel de Quarto de Milha está entre os maiores do país, com 514,5 mil animais registrados, de acordo com o portal da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM). A raça, que nasceu nos Estados Unidos, chegou ao Brasil em 1955 com a importação de seis animais do então famoso criatório King Ranch, localizado no Texas.
Puro Sangue Árabe
Existem evidências da raça Puro Sangue Árabe desde 4.000 a.C. na região da Mesopotâmia, sendo então uma das primeiras do mundo a serem domesticadas. Foi utilizado como cavalo de guerra, em virtude de sua velocidade, resistência e agilidade.
A raça é bastante conhecida em solo nacional e até ganhou um livro intitulado “O Cavalo Árabe no Brasil”, de Andrea Jakobsson Estúdio, no qual a autora conta a chegada da raça em nossas terras e fala sobre a importância dos criadores para a difusão do Cavalo Árabe. No entanto, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe conta com 52.264 mil animais já registrados, um número tímido comparado a outras raças de origem nacional.
Appaloosa
Originária da América do Norte, os animais da raça são conhecidos como os “cavalos dos índios”. Surgiu no século 19 e tinha sua criação concentrada pela tribo Nez Perce, nas margens do Rio Paloose, de onde surgiu o nome dos equinos. A pelagem branca na garupa que pode se estender por todo o corpo é uma característica peculiar do animal.
A raça foi introduzida no Brasil no início da década de 70 pelo criador Carlos Raul Consonni. O primeiro animal registrado foi o Comanche´s Double em 1975, por Jorge Rudney Atalla, de Jaú (SP). Atualmente, existem aproximadamente 25 mil animais registrados nas regiões de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Distrito Federal.
Puro-Sangue Inglês
Como o próprio nome diz, a raça é originária da Inglaterra. Usado principalmente em corridas, o Puro-Sangue Inglês surgiu no século 10, após cruzamentos de diversas raças do mundo todo, mas que possuíam uma característica em comum: a velocidade, sendo considerada a raça mais veloz entre os equinos. Os três garanhões dos quais todos os puro-sangue ingleses descendem são Byerley Turk (1680), Darley Arabian (1704) e Godolphin Arabian (1729).
No Brasil, existem cerca de 20 mil PSI’s registrados. Eles são utilizados principalmente para esportes de velocidade.
Lusitano
É o resultado do cruzamento de cavalos selvagens ibéricos com cavalos berberes. Os primeiros animais chegaram no Brasil por volta de 1540, mas a criação nacional só cresceu com a chegada da corte real portuguesa. Após a independência do Brasil, a raça foi praticamente extinta, sobrando apenas seu sangue nas raças nacionais que o Lusitano deu origem, tais como Campolina e Mangalarga. Porém a raça voltou em 1966 e em 1975 foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Andaluz, da qual os Lusitanos também faziam parte, devido às suas semelhanças e parentesco.
O nome foi alterado em 1991 para Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Puro Sangue Lusitanos e passou a ser conveniada à Associação Portuguesa de Criadores de Cavalos Puro Sangue Lusitanos. Hoje em dia existem 12 mil cavalos desse clã registrados em solo nacional.
Por Luiz Lucas | Canal Rural