Equitana termina com maior internacionalidade e ampla participação brasileira
Entre os dias 9 e 17 deste mês, a maior feira equestre do mundo reuniu muitos visitantes brasileiros na Alemanha
Equitana termina com maior  internacionalidade e ampla participação  brasileira

Reunindo os mais diversos segmentos do mundo equestre, os brasileiros não poderiam ficar de fora da Equitana e, desde que a feira nomeou Patrícia Opik como representante oficial no Brasil há cinco edições, o País é destaque com grande público. Ocupando um espaço um pouco menor este ano, devido às reformas do recinto em que é realizada, a feira teve este ano mais visitantes comerciais e maior internacionalidade, reunindo 180 mil visitantes em nove dias de programação.


Dentre os mais de 700 expositores, a Agromaripá foi a representante brasileira na feira e, naturalmente, teve seu estande transformado em ponto de encontro oficial do país no evento. Tradicional criatório da raça Mangalarga Marchador, que está completando 40 anos de criação, a Agromaripá participa pela quinta edição consecutiva da Equitana e afirma que a feira tem uma grande abrangência internacional para a raça.


“Eu fiquei surpreso com a visitação porque, pela primeira vez, estou aqui para mostrar os nossos animais somente através de fotografias e vídeos, já que não pudemos trazer cavalos, devido à barreira sanitária. A visitação no estande todos os dias foi grande e destaco principalmente os mais importantes horsemanships que passaram por lá afirmando amar o Brasil e vendo a possibilidade de nos visitar”, relata Marcelo Baptista Oliveira, titular da Agromaripá.


A receptividade para o Mangalarga Marchador na feira é fantástica, segundo afirma Marcelo, que ressalta a necessidade de um trabalho junto aos poderes públicos e políticos para abrir as barreiras e voltar a possibilidade de um intercâmbio de compra e venda dos animais brasileiros. “Eu espero que esta situação se resolva em breve e estou falando isso pelo Paísl todo. O mercado para o Mangalarga Marchador é amplo na Europa e podemos ampliá-lo. A fila de espera por animais da raça é resultado do trabalho que iniciamos com o projeto Vitrine Mangalarga Marchador e que demos continuidade na Equitana com nosso criatório. A raça já mostrou competência por suas qualidades, pela honestidade do cavalo. Encontrei na feira, criadores alemães que tem quatro animais brasileiros e a paixão é a mesma que a minha pelo cavalo, isso porque os animais são carinhosos e o povo europeu ama o animal como se fosse um pet”, continuou.


Marcelo fez questão de ressaltar ainda o trabalho de extrema importância feito pela representante brasileira para a evolução do Brasil na feira. “A Patrícia é fundamental nesta peça toda, porque é uma pessoa com extraordinário senso de vontade de querer que o País apareça para o mundo. Ela sabe das nossas dificuldades, pois não é fácil estar aqui, mas uma coisa ela percebeu muito antes de qualquer outra pessoa, e se deu ao luxo de fazer com que os brasileiros cada vez mais visitassem a Equitana. Isso é fundamental para que os brasileiros entendam a indústria internacional do cavalo e na feira é possível ter contato com diferentes raças e seu manejo, sempre pensando na apresentação de um cavalo com alegria”.


Na avaliação de Patrícia Opik, esta edição da feira foi diferente, por ser a primeira vez que o Brasil participou com estande, mas sem cavalos. “Mesmo assim, todos procuraram a Agromaripá e as pessoas queriam ver nossos animais. Tivemos muito mais brasileiros visitando a feira, além dos grupos da Unibens Turismo e da Missão Técnica Sebrae/DF, encontramos brasileiros que já estavam pela Europa e que fizeram questão de incluir a Equitana na sua programação de viagem. Isso me surpreendeu muito, inclusive na Alemanha, as pessoas falarem da presença brasileira, como taxistas ressaltando isso, quando viam que éramos brasileiras. Os artistas Lorenzo e Saint Serra também questionaram qual seria o motivo de tantos brasileiros na feira, e isso só nos faz avaliar como superpositivo o evento, pois a visitação foi ainda maior do que nos outros anos. Agora minha felicidade é ainda maior por já estarmos com um projeto para 2021, através da união minha com a Unibens Turismo e a Universidade do Cavalo, para termos ainda mais opções de visitação personalizada à feira. Acredito que juntos poderemos alavancar a participação do País não só de visitantes, mas também em negócios, pois estaremos trabalhando um projeto chamado Equitana Business, voltado à investidores. Só tenho que agradecer ao Marcelo Baptista por acreditar em nosso trabalho e manter a Agromaripá na Equitana, assim como todos que trabalharam para o Brasil estar mais um ano presente”, finalizou.

Sobre a Equitana
Considerada a maior feira equestre do mundo, a Equitana conta com mais de 750 expositores de diversas localidades, abrangendo todos os segmentos da cadeia produtiva do cavalo. Reunindo milhares de visitantes a cada edição, o evento acontece a cada dois anos, sempre no mês de março e oferece não só a área comercial, mas também seminários, conferências, concursos e shows equestres.
Pelo grande potencial do Brasil, a Equitana elegeu desde 2010 a profissional Patrícia Opik como representante comercial do evento. Com isto, as edições da feira de 2011 até este ano podem conhecer um pouco mais da equideocultura brasileira, pois contam com estandes de empresas e criatórios locais, além da ampla participação também do público, que aumenta a cada edição.

Fonte: Susi Freitas