1. Diminuir a lotação de animais nos pastos quando possível. Notadamente, nas áreas mais úmidas da fazenda ou em locais que sabidamente estão mais contaminados como, por exemplo, uma pastagem da qual o lote sempre sai com anemia ou diarreia.
2. Utilizar pastoreio alternado com bovinos ou equinos adultos. Sabe-se que o uso de pastejo concomitante de pequenos ruminantes com bovinos adultos ou equinos é de grande valia no controle das parasitoses. Melhor ainda que o pastejo ao mesmo tempo, seria utilizar uma área onde, inicialmente, pastejasse o rebanho de ovinos e caprinos e quando a forragem já estivesse novamente em ponto de pastejo, que fosse então destinada aos bovinos ou equinos. Desta forma, em cada pastejo, uma espécie animal diferente seria colocada, controlando as larvas de parasitas da outra.
3. Há casos em que o confinamento se torna a opção mais viável. O confinamento pode ser apenas das categorias mais sensíveis, como fêmeas em lactação e filhotes em terminação. No confinamento, o fornecimento do capim é realizado com volumoso livre de parasitas como relatado anteriormente: feno, silagem, concentrado, pré-secado, etc.
4. A separação das categorias também é uma prática interessante de manejo porque cada uma delas apresenta uma diferença de susceptibilidade. Quando se deixam todos os animais do rebanho num mesmo pasto, a desverminação é feita baseando-se na necessidade dos mais sensíveis, o que aumenta a pressão de seleção de parasitas resistentes. Separar em lotes também oferece a possibilidade de destinar os melhores pastos (mais nutritivos ou menos contaminados) para as categorias mais sensíveis (fêmeas em lactação e desmamados).
5. Escolher forrageiras que possam ser manejadas em pastejo alto, acima de 15 cm, aproximadamente. Como a maioria das larvas se encontra até 5 cm do solo, quando se coloca o rebanho em pastagens mais altas, diminui-se o número de larvas ingeridas pelos animais.
6. Utilizar as restevas de agricultura. Algumas áreas apresentam pasto razoável após a colheita como, por exemplo, o pasto que surge após a colheita do milho para grãos. As áreas que permaneceram por longos períodos sem animais, normalmente possuem poucas larvas e podem ser utilizadas com segurança.
7. Formar pastagens anuais. Quando se implanta pastagens anuais como aveia, azevém e milheto, especialmente quando a terra é revirada para o novo plantio, também se tem uma pastagem com baixa contaminação por larvas.
8. Reservar para fenação ou silagem, os piquetes mais contaminados. Estes processos eliminam o oxigênio do ambiente (silagem) ou diminuem muito a umidade (fenação), matando a maior parte das larvas de parasitas.
9. Eliminar as áreas de concentração de animais como solários ou piquetes pequenos com pasto, nos quais o rebanho permanece à noite ou nos dias em que serão manejados. Se houver a necessidade de solário ou local para os animais passarem a noite, deve-se planejar para que o piso seja ripado, ou seja, de cimento ou de areia, de forma que não apresente pasto. Desta forma, não haverá contaminação neste local.
10. Não depositar o esterco dos ovinos ou caprinos diretamente nas pastagens ou capineiras. Este material contém milhares de larvas vivas. Para que seja aproveitado como adubo, o esterco precisa ser fermentado e estar bem curtido para eliminação dos ovos e larvas dos parasitas.
Portanto, atenção:
NÃO COLOQUE O ESTERCO DIRETAMENTE NO PASTO. ANTES,
ELE DEVE PASSAR POR UM PROCESSO DE FERMENTAÇÃO
(ESTERQUEIRA OU COMPOSTEIRA).
11. Não permitir que o esterco do aprisco “escorra” para os piquetes. É importante planejar as instalações de forma que as fezes fiquem contidas e possam ser retiradas para uma esterqueira sem que escorram diretamente para o pasto.
Fonte: Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural