Nesta segunda-feira, 17 de maio, o mercado brasileiro do boi gordo registrou grande morosidade nos negócios, reflexo do avanço nas escalas de abate das indústrias frigoríficas, segundo apurou a IHS Markit.
O escoamento da carne bovina no varejo também segue em ritmo lento, consequência do menor poder de compra do consumidor brasileiro, bastante prejudicado pela crise na economia, além do avanço da pandemia de Covid-19.
“Com a descapitalização da população brasileira, outras proteínas, principalmente a de frango, vêm conquistando um maior espaço no carrinho de compra dos consumidores, dificultando, assim, a venda da carne bovina”, relata a consultoria Agrifatto.
“O consumidor segue optando por carnes substitutas mais baratas, mesmo após as reduções dos corte, dianteiros e da ponta de agulha ao longo da última semana”, acrescenta a IHS Markit.
Arroba segue estável – Com o mercado praticamente parado, os preços da arroba ficaram estacionados nos mesmos patamares da última sexta-feira, 14.
Nas praças de São Paulo, informa a Scot Consultoria, o boi gordo vale atualmente R$ 306/@, enquanto que a vaca e a novilha gordas são negociadas a R$ 284/@ e R$ 298/@, respectivamente (valores brutos e a prazo).
Segundo a IHS, as indústrias frigoríficas abriram a semana avaliando os estoques de carne, com o objetivo de traçar a melhor estratégia de compra de gado ao longo dos próximos dias.
“Em geral, os abatedouros apresentam 7 dias de escalas completas, indicando uma semana bastante calma em relação à necessidade de aquisição de animais terminados”, relata a IHS.
Da porteira para dentro, a oferta de boiadas gorda continua bastante enxuta, apesar do período final de safra.
Com isso, observa a IHS Markit, as expectativas para o segundo semestre são de patamares recordes para o boi gordo, conforme aponta o comportamento da arroba no mercado futuro, com os contratos com vencimento em outubro/21 (pico da entressafra) superando a casa dos R$ 330.
Fonte: Portal DBO