O que é a linfadenite?

A linfadenite caseosa ou "mal do caroço" é caracterizada pela formação de abcessos nos linfonodos, podendo também acometer outros órgãos. Os prejuízos atribuídos a ela estão relacionados à queda na produtividade do rebanho, elevação na taxa de descarte, condenação de peles e carcaças, aumento nos gastos com mão de obra e medicamentos, além de ser considerada uma zoonose ocupacional.

Transmissão

A transmissão da linfadenite ocorre por meio de:

• Contato direto com animais doentes (principalmente através de ferimentos na pele);
• Contato indireto (ingestão de água e alimentos contaminados com o conteúdo dos abcessos).

Outras vias de transmissão já foram observadas (respiratória e monta natural), porém os ferimentos são a principal porta de entrada para as bactérias.

As formas de controle sanitário apresentadas até o momento têm demonstrado pouco êxito, em função da sobrevivência da bactéria por longos períodos no ambiente, de forma que a ruptura de apenas um abcesso pode contaminar todo o rebanho.

Diagnóstico

O diagnóstico clínico baseia-se na observação dos abcessos superficiais. O diagnóstico definitivo é obtido a partir do isolamento e identificação da bactéria ou de testes sorológicos.

Controle

Antes da introdução de animais no rebanho, o proprietário deve realizar um exame clínico completo com inspeção e palpação dos linfonodos superficiais de cada animal.

Na propriedade, o produtor deve identificar e separar os animais com linfonodos alterados na baia de isolamento. O abcesso será drenado e tratado, para evitar a ruptura natural e disseminação de material caseoso nas instalações. Esse procedimento evita a disseminação do agente infeccioso e facilita o controle da doença no rebanho.

A desinfecção das instalações é de grande importância, podendo ser feita através da caiação.

Muitos estudos já foram realizados para obtenção de vacinas que induzam alto nível de proteção aos animais. Entretanto, é necessária a avaliação da eficácia dessas vacinas no meio real, no sentido de elaborar um programa integrado de medidas preventivas contra a doença.

Tratamento

O tratamento terapêutico da lifadenite caseosa à base de antibióticos é ineficaz, já que a bactéria possui localização intracelular e a espessa cápsula que envolve os abcessos dificulta o acesso das drogas no interior da lesão. Atualmente, a drenagem cirúrgica do abcesso maduro (com pelo caindo), seguida pela cauterização química, é o tratamento recomendado.

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária